Alun@s com disposição de reunir material e dar suporte à utilização do Dispositivo Pedagógico da Mídia na Educação.
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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Letramento Midiático/Digital


Por entender a importância do papel da mídia na construção da vida contemporânea e os diferentes conhecimentos, daqueles obtidos nas escolas, que essas nos proporcionam advogamos a respeito do letramento midiático, que é uma pedagogia de multiletramento focando diversos modos de representação diferente do letramento que visa e tematiza formas especificas de determinada língua, ajudando na formação de indivíduos críticos.

O surgimento de novas tecnologias de comunicação tem modificado muitas atividades da vida moderna, inclusive o processo de ensino/ aprendizagem. A crescente utilização de ferramentas tecnológicas exige dos cidadãos conhecimentos e raciocínios específicos, necessitando de um novo tipo de letramento que considere a necessidade dos indivíduos de dominarem um conjunto de informações e habilidades mentais

Se tornar letrado é sobremodo construir sentidos sobre a realidade, devendo estar atento as praticas de letramento e as estruturas sociais em que estão inseridos, indo além da mídia tradicional, o livro, através do qual são feitas essas práticas e dando a possibilidade a outras mídias de negociar novas formas de atribuir significados as aprendizagens da vida e da escola.

Dessa forma as crianças devem, desde muito cedo, aprender a lidar com diferentes recursos midiáticos (televisão, radio, computador, internet) devendo ser feito esse contato, de caráter pedagógico, mediado por educadores que orientem e os auxilie na utilização adequada dessas mídias.

Sempre que possível os docentes devem trazer para o universo da sala de aula meios de comunicação que permita às crianças, conhecer, explorar e fazer um uso mais sistematizado desses que já fazem parte de seus cotidianos.


Para uma leitura mais ampla sobre o tema:

LETRAMENTO EM MÍDIA

UMA PROPOSTA DE LETRAMENTO MIDIÁTICO PARA OS PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO DE CASCAVEL

LETRAMENTO MIDIÁTICO E LETRAMENTO ESCOLAR: UM DIÁLOGO POSSÍVEL

sábado, 29 de maio de 2010

Dançando com os Gatinhos

Propomos aqui uma atividade para se trabalhar mídia na educação infantil.
Com a elaboração de um vídeo clipe com as crianças, nós podemos explorar ludicidade, criatividade e expressão corporal numa aula dinâmica e divertida.


Dançando com os Gatinhos

JUSTIFICATIVA

As crianças adoram fazer vídeo e a escola precisa incentivar o máximo possível a produção de pesquisas em vídeo pelos alunos. A produção em vídeo tem uma dimensão moderna e lúdica. Moderna, porque se desenvolve dentro de um meio contemporâneo, novo e que integra diferentes linguagens (corporal, facial, verbal, escrita, etc) e lúdica, pela miniaturização da câmera, que permite brincar com a realidade. O manuseio da câmera dá às crianças a autonomia na gravação de suas cenas, pois filmar é uma das experiências mais envolventes tanto para as crianças como para os adultos.
Os alunos podem ser incentivados a produzir dentro de uma determinado tema, ou dentro de um trabalho interdisciplinar. E também produzir programas informativos, feitos por eles mesmos e colocá-los em lugares visíveis dentro da escola e em horários onde muitas crianças possam assisti-los. Tais programas podem seguir o esquema de um telejornal, de uma novela ou de um programa que faça parte do interesse dos pequenos. O vídeo passa então a ser um veículo de comunicação, sendo uma mídia voltada para a informação que existe dentro da própria escola.

OBJETIVOS

Trabalhar expressão corporal através da produção de um vídeo clipe da música “História de uma gata”. Como nova forma de comunicação, adaptada à sensibilidade das crianças. Esse trabalho possibilita um maior contato das crianças com o processo de produção de uma mídia, pois o vídeo serve como uma integração e um suporte para a produção de outras mídias como a Internet, o CD- ROM, o DVD, os gibis, fotografia, murais, etc..

METODOLOGIA

• 1º Momento:

Disponibilizar fantasias e adereços para que as próprias crianças se fantasiem e a medida que uma criança se veste, auxiliada por um adulto, a professora pode ir pintando as carinhas das crianças ou disponibilizando máscaras de gatinhos.

• 2º Momento:

Ensaiar com as crianças a música diante da câmera, para que no momento da filmagem elas possam sentir-se mais à vontade com o utensílio.

• 3º Momento:

Gravar o vídeo clipe com todas as crianças. A professora irá iniciar a dança, mas é fundamental que as crianças sintam-se livres para se mexer da maneira que quiserem, valorizando assim o devir que é próprio dessa idade.

• 4º Momento:

Fazer uma roda de discussão e socializar com as crianças o que foi vivido por elas naquele momento, como se sentiram, o que acharam, de que gostaram e o que mudariam na atividade seriam perguntar essenciais para ter um retorno do que foi realizado.

MATERIAIS UTILIZADOS

Pincel, tinta para rosto, fantasias, máscaras (opcional), CD “Os Saltimbancos”, aparelho de som, filmadora e/ou máquina digital.


Essa atividade pode ser complementar a outras que tragam outros tipos de mídia... A construção de um "centro de interesse" ou quem sabe um "projeto" seria bastante interessante para turma.
Outras dinâmicas interessantes podem se inspirar nas seguintes dicas:

- Dramatizar situações importantes do vídeo assistido e discuti-las comparativamente. Usar a representação, o teatro como meio de expressão do que o vídeo mostrou, adaptando-o à realidade dos alunos.
Um exemplo: alguns alunos escolhem personagens de um vídeo e os representam adaptando-os a sua realidade. Depois se compara os personagens do vídeo e os da representação, a estória do vídeo com a adaptada pelos alunos.

- Adaptar o vídeo ao grupo: Contar - oralmente, por escrito ou audiovisualmente - situações nossas próximas às mostradas no vídeo.

- Desenhar uma tela de televisão e colocar o que mais impressionou os alunos. O professor exibe num mural os desenhos e todos comentarão as coincidências principais e o seu significado.

- Comparar - principalmente em aulas de literatura portuguesa ou estrangeira - um vídeo baseado em uma obra literária com o texto original.
Destacar os pontos fortes e fracos do livro e da adaptação audiovisual.




Música
Título: História de uma gata
(Enriquez/Bardotti - versão: Chico Buarque)

Me alimentaram
Me acariciaram
Me aliciaram
Me acostumaram

O meu mundo era o apartamento
Detefon, almofada e trato
Todo dia filé-mignon
Ou mesmo um bom filé... de gato
Me diziam todo momento
Fique em casa, não tome vento
Mas é duro ficar na sua
Quando à luz da lua
Tantos gatos pela rua
Toda a noite vai cantando assim

Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora, senhorio
Felino, não reconhecerás

De manhã eu voltei pra casa
Fui barrada na portaria
Sem filé e sem almofada
Por causa da cantoria
Mas agora o meu dia-a-dia
É no meio da gataria
Pela rua virando lata
Eu sou mais eu, mais gata
Numa louca serenata
Que de noite sai cantando assim

Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora, senhorio
Felino, não reconhecerás


Para mais sugestões de atividades visitem o blog: Mídias na Educação

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O Livro na Educação Infantil


O que poucas pessoas sabem é que o livro também é um tipo de mídia, inclusive uma das mais usadas no âmbito educacional, ainda que seus usuários não tenham a compreensão desse como recurso midiático. Num mundo moderno onde as informações estão postas de maneira pronta, é fundamental fazer com que as crianças percebam que não há tecnologia que substitua o prazer de tocar as páginas de um livro e encontrar nelas um mundo repleto de encantamento.

O livro permite as crianças (leitores em formação) a livre imaginação, estimulando o pensar, o desenhar, o escrever, o criar e o recriar. A criança que não tiver a oportunidade de suscitar seu imaginário poderá no futuro, ser um indivíduo sem criticidade, pouco criativo e sem sensibilidade para compreender a sua própria realidade.

Dessa forma é imprescindível o papel dos pais e professores no incentivo a leitura, habituando a criança ao livro, pois nessa positiva experiênca com a linguagem estaremos colaborando com a aquisição de conhecimentos, a recreação, informação e interação da criança desenvolvendo nelas a capacidade de comunicação e facilitando o processo de alfabetização e formação como ser humano.

A criança é atraída pela curiosidade, pelo formato, pelo manuseio fácil e pelas possibilidades emotivas que o livro pode conter, interessando-se pelas cores, formas e figuras que esses possuem e que mais tarde, darão significados a elas, identificando-as e nomeando-as.

É importante que as crianças já tenham contato com livros, mesmo que ainda não saibam ler, devendo esse ser tocado pela criança, folheado, de forma que ela tenha um contato mais íntimo com o objeto do seu interesse percebendo assim que eles fazem parte de um mundo fascinante, onde a fantasia apresenta-se por meio de palavras e desenhos.

Comparada a outras mídias como o jornal, cinema, rádio e televisão, o livro tem vantagens únicas. Em vez de precisar escolher entre uma variedade limitada, posta à disposição de um patrocinador, o livro permite que o leitor escolha onde ler e quando ler, no ritmo que mais lhe agrada, podendo retardar ou apressar a leitura; interrompê-Ia, reler ou parar para refletir, a seu bel-prazer. Lê o que, quando, onde e como bem entender.

Para desenvolver um programa equilibrado de a leitura essa deve estar integrada aos conteúdos relacionados ao currículo escolar, sendo oferecida através de doses diárias, de maneira natural e agradável, sem obrigação e dispondo de variedade de livros de literatura como contos, fábulas e poesias.


Nas nossas sugestões de leitura temos:

A importância da leitura no desenvolvimento da criança

O Aprendizado da leitura nos dias atuais

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O MEC e a Educação Infantil

Com o objetivo de aproximar os conteúdos e as diretrizes oficiais para a educação nacional, o Ministério da Educação se utilizou da mídia - a internet, para divulgar materiais com conteúdos importantes para os diversos segmentos da Comunidade Escolar, bem como qualquer pessoa interessada em Educação.


Em relação à Educação Infantil, desde meados da década de 90 o MEC vem produzindo e publicando documentos que norteiam as ações para um trabalho educativo nessa modalidade de educação.

Aqui você encontrará as principais publicações, em formato pdf.


Integração das Instituições de Educação Infantil aos Sistemas de Ensino - Um estudo de caso. Este documento pode subsidiar as secretarias e conselhos para que efetivem a integração de creches aos sistemas municipais de ensino, realizando um atendimento de qualidade às crianças brasileiras de zero a seis anos de idade

Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil

Esta publicação foi desenvolvida com o objetivo de servir como um guia de reflexão para os profissionais que atuam diretamente com crianças de 0 a 6 anos, respeitando seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural brasileira. Ele é fruto de um amplo debate nacional, do qual participaram professores e diversos especialistas que contribuíram com conhecimentos provenientes tanto da vasta e longa experiência prática de alguns, como da reflexão acadêmica, científica ou administrativa de outros. O Referencial é composto por três volumes que pretendem contribuir para o planejamento, o desenvolvimento e a avaliação de práticas educativas, além da construção de propostas educativas que respondam às demandas das crianças e de seus familiares nas diferentes regiões do país.


Volume I

Volume II

Volume III


Política Nacional de Educação Infantil: pelo direito das crianças de zero a seis anos à Educação é um documento que tem por finalidade contribuir para um processo democrático de implementação das políticas públicas para as crianças de zero a seis anos.


Parâmetros Básicos de Infra-Estrutura para Instituições de Educação Infantil apresenta estudos e parâmetros nacionais relacionados à qualidade dos ambientes das Instituições de Educação Infantil para que estes se tornem promotores de aventuras, descobertas, desafios, aprendizagem e facilitem as interações.


A publicação Indicadores da Qualidade na Educação Infantil caracteriza-se como um instrumento de autoavaliação da qualidade das instituições de educação infantil, por meio de um processo participativo e aberto a toda a comunidade.


Critérios para um Atendimento em Creches que Respeite os Direitos Fundamentais das Crianças - Este documento compõe-se de duas partes. A primeira contém critérios relativos à organização e ao funcionamento interno das creches, que dizem respeito principalmente as práticas concretas adotadas no trabalho direto com as crianças. A segunda explicita critérios relativos à definição de diretrizes e normas políticas, programas e sistemas de financiamento de creches, tanto governamentais como não governamentais.



Todos os Links foram retirados do site do MEC


quarta-feira, 26 de maio de 2010

Educação Infantil em Diversos Olhares

Pessoas, segue aqui uma coletânea de links que tratam de diversos assuntos relacionados à Educação Infantil. São sites relacionados ao atendimento de crianças com dificuldade de aprendizagem, necessidades especiais, fóruns de discussões sobre ludicidade além de documentos oficiais.

Aproveitem! É só clicar!

terça-feira, 25 de maio de 2010

O que Não Pode Faltar na Educação Infantil


A partir da leitura da Revista NOVA ESCOLA, edição 217, trouxemos elementos que são essenciais para um trabalho bem sucedido.



Até há pouco tempo, os pequenos das creches passavam o dia alimentados e limpos, cada um seguro em seu berço. E só. Já aos maiores, da pré-escola, eram propostas atividades, como colar bolinhas de papel em figuras mimeografadas. Hoje já não se admite uma Educação Infantil nesses moldes e o motivo é simples: existem referências de práticas pedagógicas que respeitam as características das faixas etárias e, assim, promovem o desenvolvimento das turmas de até 6 anos.

Existem boas práticas que respeitam o modo de ser e de pensar específico de cada idade. “Forçar os bebês a ficar sentados e quietos o tempo todo é inadequado, pois está provado que usar o corpo em movimento é um dos meios que eles têm de aprender”, afirma Cisele Ortiz, coordenadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo. Da mesma forma, pedir que uma classe de pré-escola apenas pinte ou complete uma figura pronta, por exemplo, não leva a nada. Hoje já se sabe que é preciso desenvolver as diversas linguagens da criança para que se ampliem suas capacidades cognitivas, e o desenho é uma delas.

NOVA ESCOLA conversou com 12 especialistas e listou dez experiências a serem propostas diariamente para que as turmas de creche e pré-escola se desenvolvam.

São elas:
  • Brincar
  • Linguagem Oral
  • Movimento
  • Arte
  • Identidade e Autonomia
  • Leituras


Quatro delas – brincar, linguagem oral, movimento e arte – são indicadas para as duas faixas etárias, porém com enfoques diferentes. O início do trabalho com identidade e autonomia foi ressaltado como fundamental com as classes de até 3 anos e orienta as atividades pedagógicas e de cuidados. Leitura e escrita ganham destaque com os maiores.

Para Saber Mais, Acesse


segunda-feira, 24 de maio de 2010

Buscando no baú

Uma dica de vídeo super interessante para se trabalhar com os pequenos é A Minhoquinha que morava na maçã do nosso já conhecido programa Glub Glub da Tv Cultura. Esse vídeo possibilita diferenciadas atividades, desde interpretação, oralização, produção de um texto coletivo e muitas outras atividades que surjam da criatividade do educador e do interesse da turma.



domingo, 23 de maio de 2010

Descobrindo o livro e o prazer em ouvir histórias


Crianças que convivem em ambientes de leitores e para as quais adultos lêem com freqüência, interessam-se mais pela leitura e desenvolvem-se com maior facilidade nesta área. Logo, a leitura diária tem uma presença fundamental na rotina das crianças. Para isso site da revista NOVA ESCOLA é uma opção para professores que buscam novas ideias de planejamentos para as suas aulas de leitura com as crianças, podendo assim despertar o interesse delas por livros e historinhas. Uma atividade bastante produtiva é essa que trazemos hoje trabalhando com a leitura na educação dos pequenos.

Descobrindo o livro e o prazer em ouvir histórias

Faixa etária - 0 a 3 anos

Conteúdo - Linguagem oral e comunicação

Objetivos :
Criar o hábito de escutar histórias.
Favorecer momentos de prazer em grupo.
Enriquecer o imaginário infantil
Favorecer o contato com textos de qualidade literária.
Valorizar o livro como fonte de entretenimento e conhecimento.

Para crianças de até 1 ano

Dirigir-se aos livros por meio de falas, gestos, balbucios (gritinhos, sorrisos, vocalizações, entre outros) e expressões faciais.
Imitar sons com base na fala do educador.
Estabelecer situações comunicativas significativas com adultos e outras crianças do grupo.
Reconhecer o livro como portador de história, manifestando prazer ao explorá-lo e ao ser convidado pelo professor para escutar o que será lido.
Ouvir o professor com progressiva atenção.

Para crianças de até 3 anos

Além dos objetivos acima:
Ampliar repertório de palavras e histórias conhecidas.
Construir frases e narrativas com base nas conversas sobre os livros.
Entreter-se com leituras mais longas participando atentamente.
Reconhecer e nomear alguns livros.
Manipular o livro, folheando as páginas e fazendo referências às imagens.
Cuidar do livro e valorizá-lo.
Imitar o adulto lendo histórias
Desenvolvimento Tempo estimado
Todos os dias.

Material necessário - Livros de literatura, almofadas e bebês-conforto.

O trabalho começa com a sua preparação. Selecione livros com textos bem elaborados e ilustrações de qualidade. As histórias devem ter estruturas textuais repetitivas que favorecem a compreensão e a memorização. Programe-se para disponibilizar os livros em diferentes momentos da rotina. Promova conversas sobre eles fazendo perguntas e descrições, destacando os personagens e retomando as partes que as crianças consideram mais queridas. Após apresentar um livro novo, repita a leitura dele várias vezes para que a turma possa se apropriar da narração, memorizar partes da história e interagir com seu conteúdo. Alterne, na semana, a leitura de histórias repetidas e a introdução de novas. Esteja sempre atento às iniciativas das crianças e responda a elas por meio da fala, de gestos e de expressões faciais. Sempre promova conversas entre as crianças sobre o que foi lido.


O restante do plano de aula se encontra no site da Revista Escola e além dessa você pode encontrar outras atividades envolvendo diversas áreas a serem trabalhadas na educação infantil.
Vale a pena dar uma olhada!!!

sábado, 22 de maio de 2010

A creche também ensina



Até os 3 anos de idade as crianças passam por uma fase de desenvolvimento bastante importante na sua formação, logo a presença da brincadeira na educação infantil tem um papel fundamental nessa aprendizagem.
Na escola, os pequenos recebem cuidados e atenção e têm espaço para explorar, brincar e se conhecer. Portanto é importante que na sala de aula eles tenham à disposição brinquedos e materiais que incentivem a expressão artística e estimulem a imaginação. No parque, se divertem pisando na areia. Mesmo sem saber ler, manuseia livros e isso colabora com o contato da criança e a escrita. Muitas vezes, nem conseguem falar e já estão "cantando" cantigas de roda e seguindo a coreografia. Assim deveria ser a realidade das maiorias de nossas creches.
Atividades desse tipo compõem os conteúdos da Educação Básica direcionada ao pré-escolar. "Todas essas experiências que fazem parte da rotina devem ser organizadas em um currículo de forma a proporcionar o desenvolvimento de habilidades, como andar, e a aprendizagem de aspectos culturais, como o hábito da leitura", diz Beatriz Ferraz, consultora em Educação Infantil e coordenadora da Escola de Educadores, em São Paulo. Nessa fase a construção de conhecimento se dá por meio da ação, da interação com os colegas e os adultos, da brincadeira, da imaginação e do faz de conta. "Não se trata, portanto, de escolarizar as crianças tão cedo, mas de apoiá-las em seu desenvolvimento", ressalta Beatriz.

Esse tipo de postura reafirma que a creche não é apenas um local assistencialista que serve apenas de apóio às mães e pais que não podem passar os dias com os filhos, mas sim um local de aprendizagens, onde são trabalhadas atividades que estimulem a aprendizagem da criança e proporcionem uma maior interatividade desta com o meio no qual está inserido.


Para mais informações sobre o tema basta acessar:
Nova escola
CRECHE: Do assistencialismo para o pedagógico
A CRECHE ENQUANTO CONTEXTO POSSÍVEL DE DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA PEQUENA

sexta-feira, 21 de maio de 2010

A Importância da Música na Educação Infantil


O referencial curricular da Educação infantil orienta o trabalho com seis eixos: movimento, música, artes visuais, linguagem oral e escrita, natureza e sociedade e matemática. Agora tomamos a Música como foco de discussão.
A música se fundamenta numa linguagem que tem a capacidade de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, estando presente em várias culturas e se afirmando como uma forma de expressão humana.

Estando presente em nosso cotidiano desde cedo as crianças entram em contato com a música e assim aprendem a atribuir a ela significados culturais que integram aspectos sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos que são um dos motivos pelo qual a música deve estar presente na vida dos pequenos, pois devem atender aos seguintes objetivos:

• Formação de hábitos
• Atitudes
• Comemorações
• Memorizações de conteúdos como n.º e seqüência matemática
• Desenvolvimento do senso rítmico com a formação do desenvolvimento motor, auditivo e do domínio rítmico.

Logo, ouvir música, aprender uma canção, brincar de roda, realizar brinquedos rítmicos, jogos de mãos são atividades que estimulam e desenvolvem o gosto pela atividade musical, devendo ser produzida, apreciada e refletida pelas crianças, pois a produção de atividades que envolvam a musicalidade deve estar centrada na experimentação e na imitação, tendo como produto a interpretação e a improvisação dos alunos, integrando esse eixo à outras áreas da aprendizagem infantil como as linguagens (movimento, expressão corporal, artes visuais...)

Para o educador que se propõe a trabalhar música em suas aulas, ele deve buscar explorar em seus objetivos os seguintes aspectos:
• Interpretar musicas e diversas;
• Participar de brincadeiras, jogos cantados e rítmicos;
• Cantar musicas diversas;
• Reconhecer sons graves e agudos;
• Explorar, repetir e reproduzir sons vocais e não vocais como: imitar sons da natureza, carros, aviões, telefones, animais e outros;
• Reproduzir ritmos aliados a palmas, batida dos pés, instrumentos musicais e melodias;
• Aprender a cantar músicas relacionadas aos temas desenvolvidos e outras canções folclóricas e populares;
• Movimentar-se espontaneamente ao som de musicas com ritmos variados.

Logo, podemos perceber que a música possui um papel importante na educação das crianças, pois contribui para o desenvolvimento psicomotor, sócioafetivo, cognitivo e lingüístico, além de ser facilitadora do processo de aprendizagem. A musicalização é um processo de construção do conhecimento, favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, senso rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, atenção, do respeito ao próximo, da socialização e afetividade, também contribuindo para uma efetiva consciência corporal e de movimentação.

Para saber mais sobre o assunto:
http://www.iacat.com/revista/recrearte/recrearte03/musicoterapia.htm
http://gizeliamonteiro.blogspot.com/2009/07/musica-na-educacao-infantil.html
http://biblioteca.universia.net/html_bura/ficha/params/id/36765914.html

"Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música. Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes"
Rubem Alves

quinta-feira, 20 de maio de 2010

O que é Educomunicação?



Surgida no Brasil por volta de 1990, a educomunicação tem como objetivo formar alunos críticos e criar um "ecossistema comunicativo" na escola. Ela não é um campo da comunicação social nem da educação, mas pode ser compreendida como uma metodologia pedagógica que propõe o uso de recursos tecnológicos modernos e técnicas da comunicação na aprendizagem. Logo, como o próprio nome sugere, é o encontro da educação com a comunicação multimídia, colaborativa e interdisciplinar. Pode ser desenvolvida com estudantes de qualquer idade e utilizada por professores de qualquer área. Muitas vezes chamada de educom, a educomunicação é um campo de convergência não só da comunicação e da educação, mas de todas as áreas das ciências humanas e isso é resultado de um grande esforço de comunicadores, educadores e de pessoas das mais diversas áreas, que, como disse Oliveira Soares, se juntaram e passaram a trabalhar com referenciais teóricos e metodológicos de várias áreas das ciências humanas e acabaram constituindo um movimento social em torno da cidadania, da democracia e em torno da luta para quebrar a hegemonia dos sistemas estabelecidos, atingindo assim a grande mídia e tomando-a como suporte para a efetivação de sua prática metodológica.

Uma boa sugestão de leitura sobre o tema se encontra no livro "Educominicação e Mídias" de Rossana Viana Gaia, disponível em endereço eletrônico.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Informativo I

Na próxima sexta-feira, dia 21 de maio, haverá a reunião do MIEIB, na FUNDAJ do Derby.

A reunião terá como tema a discussão sobre o Projeto de Lei do senador Flávio Arns - PL 414/2008/ PL 06755/2010 – onde ele desconsidera a especificidade da educação infantil concebida como a primeira etapa da educação básica, desrespeitando tanto os direitos das crianças de 5 anos de idade quanto os avanços obtidos no campo pedagógico referente à infância.
Contra tal medida, a ANPED publica o seu manifesto contra a decisão do senador:


Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação – ANPEd considerando o amplo debate por ocasião da elaboração das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (Resolução CNE/CEB Nº 5, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2009) envolvendo seus pesquisadores, manifesta-se contrariamente ao PLS 414/2008/ PL 06755/2010 e conclama toda a sociedade a lutar contra a sua aprovação pelas seguintes razões:
1. Pesquisas e experiências nacionais e internacionais têm demonstrado a importância da educação infantil para a socialização e a aprendizagem das crianças de 0 a 5 anos de idade, adotando-se para isso processos pedagógicos próprios e adequados às necessidades e demandas das crianças pequenas, investindo-se na formação específica dos profissionais;
2. As recentes Diretrizes Curriculares de Educação Infantil, elaboradas a partir de amplo processo de consulta na área educacional e em resposta às mudanças constitucionais que ampliaram a obrigatoriedade escolar para pessoas de 4 a 17 anos, buscaram assegurar o entendimento de que a educação infantil inclui crianças de 0 a 5 anos e 11 meses, de modo que somente aos 6 anos completos inicia-se o ensino fundamental (Art.5º - § 2 e § 3 - Resolução CNE/CB nº 5, de 17 de dezembro de 2009);
3. Segundo essas Diretrizes Curriculares, e outros documentos oficiais orientadores e normativos produzidos nos últimos anos no âmbito do Ministério da Educação, a garantia de uma educação infantil brasileira de qualidade significa respeitar e proteger os direitos das crianças à brincadeira, ao cuidado, ao respeito à diversidade, ao acesso à cultura (entre outros). Para tanto, os espaços e tempos da educação infantil devem assegurar “a educação em sua integralidade, entendendo o cuidado como algo indissociável ao processo educativo” e “a indivisibilidade das dimensões expressivo-motora, afetiva, cognitiva, linguística, ética, estética e sociocultural da criança” (DNCEI, Art. 8º, § 1º, I e II);
4. O desenvolvimento integral das crianças (LDB 9394/96, Art. 29), finalidade da educação infantil, deve ser promovido em contextos educacionais específicos a partir de propostas e práticas pedagógicas adequadas, elaboradas por profissionais qualificados, visando a que as crianças construam suas identidades pessoais e coletivas, brinquem, imaginem, fantasiem, desejem, aprendam, observem, experimentem, narrem, questionem e construam sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura (DCNEI, Art.4º), ou seja, respeitando processos de desenvolvimento e aprendizagem;
5. Pesquisas nacionais em andamento e reportagens veiculadas pela mídia impressa têm evidenciado reiteradamente a lentidão e as enormes dificuldades na implementação do ensino fundamental de nove anos, iniciando-se para as crianças de 6 anos de idade, em atendimento à EC n. 53/06 e à Lei 11.274/2006, dificuldades advindas da cultura escolar cada vez mais produtivista, do despreparo dos professores e das escolas de ensino fundamental, da ausência de condições materiais e pedagógicas, para a acolher a criança nessa idade nas suas necessidades e direitos;
6. O Projeto de Lei do senador Flávio Arns - PLS 414/2008/ PL 06755/2010, além de desconsiderar a realidade acima referida, que poderá ser imensamente agravada com a entrada de crianças ainda mais novas na escola regular de ensino fundamental, diminui em um ano a possibilidade da criança pequena viver experiências educacionais significativas na educação infantil, e não prevê o aumento da duração do ensino fundamental para 10 anos, o que torna mais perniciosa a sua aprovação, atentando contra o direito à educação consagrado na CF 1988.
Assim, compreendendo que o Projeto de Lei do senador Flávio Arns - PL 414/2008/ PL 06755/2010 – desconsidera a especificidade da educação infantil concebida como a primeira etapa da educação básica e desrespeita tanto os direitos das crianças de 5 anos de idade quanto os avanços obtidos no campo da pedagogia da infância, nos manifestamos CONTRA a sua aprovação.


Para que vocês tomem um maior conhecimento do tema abordado recomendamos, além do Manifesto da ANPED, os seguintes documentos referentes aos PLS 414/2008 e PLC 6755/2010:


2. texto da fala da Fúlvia Rosemberg, que representou o MIEIB, durante a Audiência Pública no Senado do último dia 12/05. ( http://www.scribd.com/doc/31277018/DEPOIMENTO-AO-SENADO-Fulvia-Rosemberg )





Informem-se e participem,
até lá.

terça-feira, 18 de maio de 2010

A Mídia e a Educação Infantil


O compromisso da mídia em informar e ditar regras na educação de crianças brasileiras vem aumentado nos últimos anos. Programas com o enfoque educacional são criados com o objetivo de ajudar a educação dos pequeninos. Mas as dúvidas em relação à eficácia de tais programas fica sobre o ambiente pedagógico e permeiam a prática docente na dúvida do uso de tais recursos.
Porém, a relação que as crianças têm, atualmente, com as mídias está, perceptivelmente, gerando uma nova cultura da infância, trazendo uma noção de autonomia maior para o público infantil. Com isso não podemos apenas dizer que a mídia se mostra como vilã na vida dos infantes, os novos recursos midiáticos nos apresentam um território interessante de relações impensáveis até a bem pouco tempo. Portanto, desenvolver a capacidade para utilizar, dialogar e produzir conteúdos com estas novas linguagens é muito importante para quem não quer se perder nesse progresso histórico.
Tais recursos aos quais nos referimos não é apenas a televisão, grande conhecida das crianças. Mas também o rádio, os livros didáticos, jornais, revistas, internet, entre outros e, se bem usados, podem ser grandes ajudas no trabalho do professor em sala de aula.
É a isso que nos propomos, trazer uma visão de mídia como algo positivo, como um recurso que não aliena se for bem trabalhado e pode despertar nos pequenos atitudes reflexivas a partir de materiais direcionados à sua faixa etária.
Por uma mídia, que é o blog, tentaremos oferecer formas de se trabalhar novas mídias em suas salas de aula, possibilitando assim um acesso mais íntimo tanto de você: professor, pai ou interessado em educação infantil, quando das crianças, a partir das propostas de ensino que preparemos aqui e juntos ficaremos de olho na educação infantil.